Summary: | Pedido de notícias do filho de Bernardino Machado que se encontrava nas trincheiras na frente de guerra. Corte das comunicações ferroviárias de Espanha com a França. Crise entre o governo e o partido unionista, atribuída por Almendra à discordância de princípios e às agressões dos monárquicos contra o unionismo e Camacho. Pretensão da ditadura em dar à república um presidencialismo por sufrágio universal e um sufrágio restrito para os deputados. Saída do governo dos ministros unionistas e de Machado dos Santos, que voltou a entrar para a nova pasta das subsistências. Opinião geral de efémera duração da ditadura. Impossibilidade de discussão da ideia do presidencialismo plesbicitário devido ao desconhecimento, à falta de liberdade de imprensa, de tribuna e de associação às oposições. Salienta ter-se decretado o sufrágio universal, num quadro em que a maioria dos cidadãos eram analfabetos. Refere que Egas Moniz pontificava no partido centrista, tendo tomado posse da embaixada de Espanha, para voltar pouco depois. Boato de que Egas Moniz era responsável pelo exílio de Bernardino Machado. Prisões de Afonso Costa, general Barreto, tenente coronel Pereira Bastos e outros. Pressões dos monárquicos junto do governo contra os republicanos. Publicação de nota no "Diário de Notícias" instigadora da guerra civil. Influência dos monárquicos na maior parte das autoridades administrativas. Desaparecimento de armas dos regimentos de infantaria e cavalaria e problemas de disciplina entre soldados e oficiais. Envio de carta de José de Castro. Envio de marinheiros para Áfica, por falta de confiança neles, e de outros indivíduos pelo motivo de terem cadastro policial com prisões.
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